Em meio às eleições nos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua preferência pela vitória da atual vice-presidente, argumentando que isso seria mais benéfico para a democracia americana. Lula ressaltou a importância de um sistema político que favoreça a diversidade de opiniões e a civilidade nas disputas, fazendo referência ao ataque ao Capitólio durante o mandato anterior. Ele criticou o crescimento do ódio e da desinformação no cenário político global, observando a necessidade de resistência a tendências autoritárias.
Durante uma entrevista, Lula também abordou a presidência brasileira do G20, destacando a prioridade na criação de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Ele propôs a implementação de um imposto sobre grandes fortunas, com a expectativa de gerar entre US$ 250 bilhões e US$ 300 bilhões para enfrentar a fome no mundo. A iniciativa visa direcionar recursos para ajudar os 733 milhões de pessoas que ainda passam fome, enfatizando a necessidade de uma abordagem mais justa na distribuição de riqueza.
Além disso, o presidente defendeu a reforma da ONU, pedindo a ampliação da representação de países da África, América Latina e Ásia no Conselho de Segurança, assim como a remoção do direito de veto. Sobre o conflito na Ucrânia, sugeriu que a solução passaria por referendos que permitissem que a população decidisse sobre a ocupação de seus territórios. Lula criticou a falta de diálogo entre os líderes envolvidos, ressaltando que a cúpula do G20, a ser realizada no Brasil, não discutirá o tema da guerra.