O presidente Lula reafirmou a posição do Brasil sobre a necessidade de uma reforma na governança global, destacando a falta de participação de países emergentes em instâncias importantes da ONU, como o Conselho de Segurança. Durante seu discurso no encerramento do G20 Social, ele questionou a ausência de representatividade de regiões como a África, América Latina e Ásia, ressaltando que, apesar de a organização contar com 196 membros atualmente, sua estrutura permanece ultrapassada e desigual. Lula afirmou que a dinâmica do Conselho de Segurança é imobilizada, o que compromete a missão da ONU de promover a paz mundial.
O presidente também destacou que, no contexto atual, a ONU, tal como está, não é capaz de lidar efetivamente com os desafios globais, especialmente em um período marcado por um aumento significativo de conflitos desde a Segunda Guerra Mundial. Segundo ele, a organização precisa de uma reforma urgente para cumprir seu papel de evitar guerras e promover a cooperação internacional. O modelo vigente, conforme dito por Lula, é insuficiente para lidar com a complexidade dos problemas atuais, e o Conselho de Segurança precisa de uma reestruturação para ser mais inclusivo e funcional.
Ao se dirigir a uma plateia de representantes de movimentos sociais, Lula também fez um apelo pela maior participação da sociedade civil na política internacional. Ele criticou a ideia de que a economia e a política global são exclusivas de especialistas e líderes institucionais, incentivando a população a se engajar ativamente nos processos decisórios. “Se os dirigentes não assumem responsabilidade, vocês têm de fazer a diferença. Gritem, protestem, reivindiquem”, afirmou, conclamando a sociedade a cobrar mudanças estruturais nas organizações multilaterais.