O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua preocupação com a grande disparidade entre os recursos destinados à saúde global e os gastos com armamentos. Em um evento com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, Lula destacou que a OMS conta com um orçamento anual de apenas US$ 2 bilhões, enquanto os investimentos militares globais somam US$ 2,4 trilhões. Ele criticou a prioridade dada à destruição em vez de ações para salvar vidas, enfatizando a necessidade de maior financiamento para a saúde mundial.
Lula também se comprometeu a pressionar os líderes do G20 a aumentar o financiamento para a OMS, apontando a negligência dos países mais ricos em relação às necessidades das populações mais vulneráveis, especialmente em momentos de crises sanitárias, como a pandemia de Covid-19. A OMS, por meio da Rodada de Investimentos, busca arrecadar US$ 7,1 bilhões nos próximos quatro anos, com promessas de doações já somando US$ 1,7 bilhão. Esse aumento no apoio reflete um esforço maior para fortalecer os sistemas de saúde globalmente.
Durante o evento, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou a necessidade de reavaliar a governança global para garantir mais equidade e justiça entre as nações. Além disso, Lula pediu que os países adiantassem suas metas de neutralidade nas emissões de gases de efeito estufa em até dez anos, destacando a importância de uma ação mais rápida e coordenada no enfrentamento das crises climáticas e de saúde.