O presidente Lula considera uma reforma ministerial em 2025 como estratégia para fortalecer a base aliada e reorganizar o governo visando as eleições presidenciais de 2026. A medida incluiria maior representação de partidos do centrão, que se destacaram nas eleições municipais de 2024. PSD, MDB, PP e União Brasil podem ganhar mais espaço na Esplanada dos Ministérios, fortalecendo alianças no Congresso Nacional e reduzindo resistências à agenda governamental. No entanto, a possível redistribuição de ministérios enfrenta desafios, como a resistência do PT, que detém pastas estratégicas no governo.
O contexto político atual reflete um cenário de negociações delicadas, com o fortalecimento do Legislativo em função do aumento das emendas parlamentares, reduzindo o poder de barganha tradicional do Executivo. Especialistas avaliam que o centrão continuará buscando mais espaço, enquanto o governo precisará equilibrar concessões sem comprometer o protagonismo do PT e seus aliados. Além disso, há indicações de que Lula tentará ampliar seu diálogo com setores evangélicos, tradicionalmente alinhados à oposição, para diversificar sua base de apoio.
A reforma ministerial também é vista como uma oportunidade para ajustes internos no governo, com substituições em pastas estratégicas para melhorar a articulação política e a gestão administrativa. Embora mudanças significativas no primeiro escalão sejam improváveis, pequenos rearranjos podem servir para consolidar apoios e pavimentar o caminho para a construção de uma frente ampla em 2026, condicionada à popularidade do presidente e à estabilidade política nos próximos anos.