O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou apoio à candidata democrata Kamala Harris nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, uma estratégia analisada como uma forma de fortalecer sua imagem internacional como defensor da democracia. Especialistas apontam que essa decisão está em consonância com sua agenda de política externa, que valoriza o multilateralismo e a cooperação internacional, elementos centrais nas propostas dos democratas.
A pesquisadora Neusa Maria Bojikian ressalta que, embora a declaração de apoio seja arriscada, ela reflete um cálculo político que busca alinhar o Brasil com um governo que compartilha valores democráticos. O apoio a Harris pode facilitar um diálogo mais alinhado em questões de defesa da democracia, ampliando o engajamento global do Brasil em temas internacionais.
Entretanto, a decisão não está isenta de riscos, especialmente diante da imprevisibilidade das eleições americanas e da possibilidade de um governo republicano. Bojikian argumenta que, apesar das incertezas, Lula aposta na coerência com os princípios defendidos pelos democratas, o que pode contribuir para uma posição mais robusta do Brasil no cenário global, especialmente em um contexto de intensos debates políticos nos Estados Unidos.
