A losartana, segunda medicação mais vendida no Brasil, é amplamente utilizada no controle da hipertensão e em alguns casos de insuficiência cardíaca e cardiomiopatia hipertrófica. O medicamento é considerado de baixo custo e está disponível nas unidades básicas de saúde. Contudo, seu uso deve sempre ser prescrito por um médico, pois exige monitoramento contínuo para ajustar as doses e verificar efeitos adversos, como hipotensão e raramente angioedema. Sua eficácia se deve ao bloqueio da angiotensina 2, que resulta na dilatação dos vasos e controle indireto de líquidos e sal.
O tratamento com losartana pode incluir combinações com outros medicamentos, como Hidroclorotiazida ou Anlodipino, já que muitos pacientes hipertensos necessitam de mais de uma medicação para controle adequado. O medicamento é contraindicado para gestantes, pacientes com alergia a seus componentes e deve ser administrado com cautela em pessoas com problemas renais avançados. Casos de superdose são raros, mas quando ocorrem, podem elevar os níveis de potássio, aumentando o risco de arritmias. A hipertensão afeta aproximadamente 27,9% da população brasileira, principalmente mulheres, e é considerada um fator de risco para doenças graves, como AVC e infarto.
Em 2022, a Anvisa realizou o recolhimento de lotes de losartana devido à presença de impurezas potencialmente prejudiciais, mas recomendou que os pacientes não interrompessem o tratamento até que tivessem substitutos em mãos. Entre os fatores de risco para a hipertensão estão o sedentarismo, obesidade, consumo de álcool e alto nível de estresse. A losartana e outros anti-hipertensivos mostram-se eficazes em prevenir a progressão da hipertensão e proteger contra complicações renais e cardiovasculares, contribuindo significativamente para a saúde pública.