A Cúpula dos Líderes do G20, presidida pelo Brasil, resultou na promessa de US$ 1,7 bilhão em doações à Organização Mundial da Saúde (OMS), com mais da metade dos recursos vindos de novos contribuintes. Segundo Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, os recursos são essenciais para criar previsibilidade e flexibilidade no financiamento global da saúde, permitindo a implementação de respostas estratégicas. O evento também destacou a importância de um sistema multilateral robusto para enfrentar desafios futuros.
Durante a cúpula, o presidente brasileiro ressaltou a contradição entre os altos investimentos em guerras e a carência de recursos para salvar vidas, apontando que a verdadeira questão não é a falta de recursos financeiros, mas a definição de prioridades. A presidência brasileira do G20 colocou o combate à fome e às desigualdades no centro das discussões, destacando exemplos como a pandemia de covid-19 para ilustrar as disparidades globais no acesso a equipamentos médicos e vacinas. Foi enfatizada a necessidade de mais esforços para evitar doenças e garantir a segurança na saúde.
Além disso, a declaração final da cúpula reafirmou compromissos importantes, como o estabelecimento da Coalizão para a Produção Local e Regional, Inovação e Acesso Equitativo. Essa iniciativa busca reduzir desigualdades e promover uma abordagem integrada de saúde, reconhecendo a interdependência entre saúde humana, animal, vegetal e ambiental. A ministra da Saúde avaliou que as ações do G20 contribuíram para fortalecer a OMS e alinhar as prioridades globais em saúde com questões como mudanças climáticas, governança global e combate às desigualdades.