Em setembro de 2020, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) iniciou investigações sobre um líder religioso de um templo espírita em Salvador, acusado de abusos sexuais e outras condutas ilegais. O suspeito, que se apresentava como médium e afirmava incorporar uma entidade espiritual, foi denunciado por várias vítimas, incluindo mulheres que frequentavam o centro religioso. As denúncias relatavam abusos sexuais, importunação e violação sexual mediante fraude, com o acusado utilizando sua posição de influência para manipular e controlar suas vítimas.
O MP-BA, por meio de uma operação em 2021, coletou provas adicionais e aprofundou as investigações, utilizando arquivos de áudio e outros materiais apresentados pelas vítimas. Durante o processo, ficou claro que o líder religioso teria criado um ambiente de confiança e dependência entre os frequentadores do templo, levando-os a acreditar que suas ações eram justificadas por motivos espirituais. As vítimas foram levadas a participar de rituais que, segundo o MP-BA, tinham como verdadeira finalidade a exploração de desejos pessoais do acusado.
A prisão do suspeito, ocorrida em 9 de novembro de 2024, é mais um passo nas investigações que ainda seguem em andamento. O caso tem gerado grande repercussão, especialmente pelo contexto religioso e pela manipulação psicológica e emocional das vítimas, que eram submetidas a um ambiente de humilhação e violência. A operação continua sendo atualizada conforme surgem novos desdobramentos, com o Ministério Público atuando na coleta de provas e no esclarecimento dos fatos.