O líder da oposição venezuelana, Edmundo González, que está asilado na Espanha desde setembro, confirmou sua intenção de retornar à Venezuela para tomar posse como presidente em 10 de janeiro, conforme afirmou em entrevista à NTN24. Ele declarou que o processo de posse ocorrerá conforme os termos da Constituição, com a presença dos órgãos legislativos, e mencionou que uma delegação estaria à sua espera, sem fornecer mais detalhes sobre quem faria parte desse grupo.
Na terça-feira, 19, os Estados Unidos reconheceram formalmente González como o presidente eleito da Venezuela, após as eleições de 28 de julho. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, fez o anúncio em uma rede social, e González expressou seu agradecimento, destacando que o reconhecimento reflete o desejo de mudança da população venezuelana. Essa posição dos EUA segue a alegação da oposição de que González obteve mais de 70% dos votos nas eleições, apesar das declarações do governo de Nicolás Maduro, que considera a vitória da oposição como fraudulenta.
As eleições de julho, nas quais o governo de Maduro declarou vitória, foram marcadas por acusações de fraude generalizada. A oposição, por sua vez, apresentou documentos que indicariam a vitória de González. Observadores internacionais, como o Carter Center e a ONU, analisaram os dados e corroboraram a legitimidade dos votos publicados pela oposição. Entretanto, Maduro continua sendo reconhecido como o presidente do país, mantendo firme sua posição de poder em Caracas.