O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, anunciou que convidará o primeiro-ministro de Israel para visitar o país, assegurando que um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) não será seguido em território húngaro. A decisão do tribunal envolve acusações relacionadas ao conflito na Faixa de Gaza. Orbán destacou que o líder israelense terá garantias de segurança para conduzir negociações na Hungria, marcando mais um capítulo das relações próximas entre os dois países.
A declaração de Orbán ocorre enquanto a Hungria exerce a presidência rotativa da União Europeia, mas contrasta com a posição de outros Estados-membros que reforçam o compromisso com decisões do TPI. Embora o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, tenha insistido que os mandados devem ser respeitados, Orbán e outros líderes manifestaram discordância, argumentando que as acusações podem enfraquecer a credibilidade do tribunal.
O posicionamento reflete uma divisão interna na União Europeia sobre o conflito no Oriente Médio. Enquanto Hungria e República Tcheca mantêm uma postura favorável a Israel, países como Espanha e Irlanda sublinham apoio aos palestinos. A República Tcheca, embora comprometida com suas obrigações legais, também criticou a decisão do TPI como desproporcional e politicamente problemática.