Maria Corina Machado, uma das principais líderes da oposição venezuelana, expressou confiança de que o oposicionista Edmundo González assumirá o governo da Venezuela em janeiro de 2025. Ela criticou a postura de Nicolás Maduro, que se recusa a aceitar a derrota nas eleições presidenciais de julho de 2024, nas quais González, segundo a oposição, teria conquistado uma ampla vitória. Embora Maduro tenha sido declarado vencedor pela Comissão Eleitoral, a oposição e organizações internacionais, como o Centro Carter, contestam esse resultado, apontando irregularidades. Machado acredita que uma transição de poder pode ocorrer por meio de um processo negociado, embora o atual presidente tenha rejeitado essa possibilidade até agora.
A líder oposicionista também ressaltou a importância do apoio internacional para pressionar o regime de Maduro a reconhecer o resultado das eleições. Ela destacou que setores das Forças Armadas venezuelanas estão insatisfeitos com a atual administração, o que fortalece a chance de mudança. Apesar de Maduro ainda controlar instituições chave, como a Justiça e o Congresso, Machado acredita que a Constituição venezuelana garante a vitória de González, e que a pressão crescente dentro do país e de aliados internacionais pode acelerar a transição. Ela também mencionou que a oposição está disposta a oferecer garantias para uma transição pacífica, mas sem ceder à permanência de Maduro no poder.
Em relação ao contexto político, Machado afirmou que a situação atual é distinta da de 2019, quando Juan Guaidó se autoproclamou presidente. Para ela, a popularidade de González, após sua participação nas eleições, e o enfraquecimento do regime de Maduro tornam a luta da oposição mais legítima e viável. Ela também apontou que a fragilidade econômica e o colapso do controle social dificultam a capacidade do governo de Maduro de manter o poder, e que a mobilização popular em apoio a uma mudança é mais forte do que nunca. A líder acredita que, com o apoio popular e internacional, a Venezuela está mais próxima de viver uma transição democrática.