Neste sábado (16), pelo menos 93 pessoas que haviam sido detidas durante os protestos pós-eleitorais na Venezuela foram libertadas. A medida foi tomada após o Ministério Público revisar 225 casos, em conformidade com a solicitação do presidente Nicolás Maduro, que pediu a correção de erros processuais. A libertação ocorreu em três unidades prisionais localizadas nos estados de Miranda e Aragua, e há expectativa de que mais pessoas possam ser soltas nas próximas semanas.
Desde a reeleição de Maduro, que provocou intensificação dos protestos no país, mais de 2.000 indivíduos foram presos, incluindo 164 adolescentes. De acordo com a ONG Foro Penal, 1.976 pessoas ainda permanecem presas, o que representa um número alarmante de prisioneiros políticos. A oposição denuncia as condições de encarceramento, apontando para a falta de atendimento médico adequado e condições de vida desumanas para os detidos.
Em meio ao cenário, a morte de um opositor sob custódia do governo, ocorrida na quinta-feira (14), gerou novas críticas sobre o tratamento dispensado aos presos. A família da vítima e líderes da oposição afirmam que as condições inadequadas de detenção contribuíram para o falecimento, o que destaca ainda mais as preocupações sobre os direitos humanos e o tratamento dos prisioneiros políticos no país.