O Líbano expressou forte condenação contra os recentes ataques à missão de manutenção da paz das Nações Unidas (Unifil) no sul do país, incluindo um ataque com foguetes na semana passada que resultou em quatro soldados italianos feridos. A Unifil, composta por 10 mil soldados, tem a missão de monitorar a linha de demarcação com Israel, uma área marcada por confrontos entre o Hezbollah e as forças israelenses. Desde o início da ofensiva terrestre de Israel contra o Hezbollah em setembro, os soldados da missão de paz têm sido alvo de diversos ataques de ambos os lados do conflito.
Durante uma conferência em Roma, o ministro das Relações Exteriores libanês, Abdallah Bou Habib, reiterou que o Líbano repudia qualquer ato de violência contra as tropas da ONU e pediu respeito à segurança das missões internacionais no país. O ministro ainda afirmou que a implementação da Resolução 1701 da ONU, que encerrou a guerra entre o Hezbollah e Israel em 2006, deve ser cumprida, com o governo libanês garantindo o controle total sobre o território, sem permitir armas ou autoridades não reconhecidas.
O Hezbollah, grupo militante com grande poder militar no Líbano, continua afirmando que sua luta é para proteger o país da agressão israelense e se recusa a depor as armas. O grupo critica qualquer ação que possa beneficiar politicamente Israel e promete manter sua resistência. O conflito continua gerando tensões, afetando diretamente a estabilidade da região e a segurança das operações de paz no sul do Líbano.