O governo de São Paulo está realizando, nesta segunda-feira (4), o leilão do segundo lote de escolas estaduais que serão construídas e administradas por empresas privadas, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). O evento, que acontecerá na Bolsa de Valores (B3), envolve a construção de 16 unidades escolares em diversos municípios do estado. Três grupos estão na disputa, sendo dois consórcios e uma empresa. O critério de julgamento será baseado na proposta de menor valor de contraprestação pública máxima a ser paga, visando obter o maior desconto para o estado.
O primeiro leilão, realizado no dia 29 de outubro, contou com a participação dos mesmos grupos, mas nenhum deles conseguiu a concessão das 17 escolas leiloadas. A aprovação desse modelo de concessão gerou polêmica, com protestos de grupos contrários à privatização das escolas públicas. O governo, no entanto, defende que o projeto tem como objetivo liberar professores e diretores de atividades burocráticas, permitindo que se concentrem em questões pedagógicas.
O projeto Novas Escolas contempla um total de 33 unidades, divididas em dois lotes, com previsão de atender 35 mil estudantes do ensino fundamental e médio. As concessionárias serão responsáveis pela construção, manutenção e operação das escolas, incluindo serviços como limpeza, alimentação e segurança. Metade das unidades deve ser entregue em dois anos, enquanto o restante deverá ser finalizado até janeiro de 2027. O governo estabeleceu ainda mecanismos de fiscalização, incluindo a contratação de verificadores independentes para monitorar a qualidade dos serviços prestados.