O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, deve sancionar em breve um Projeto de Lei que proíbe o uso de celulares nas escolas do estado, com exceção para fins pedagógicos. A proposta foi aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e, embora tenha gerado debates entre parlamentares da base e da oposição, foi bem recebida por educadores, que destacam que a medida não trará grandes mudanças nas rotinas escolares, já que muitas escolas já aplicam restrições semelhantes. A Secretaria Estadual de Educação reforçou que a utilização de dispositivos móveis para fins não didáticos já está controlada na rede pública.
Diversas escolas particulares, como o Colégio Bandeirantes e o Colégio Agostiniano Mendel, que já implementaram restrições ao uso de celulares, destacam os benefícios da medida, principalmente no que diz respeito ao ambiente socioemocional dos alunos. Educadores apontam que a proibição pode reduzir distrações e melhorar a interação social e o foco dos estudantes, evitando o impacto negativo das redes sociais e promovendo a convivência saudável entre os alunos. Além disso, as escolas destacam que a implementação da lei reforçará a educação sobre o uso responsável da tecnologia.
A legislação exigirá que as escolas criem protocolos para o armazenamento dos celulares durante o horário escolar, caso os alunos decidam levar os aparelhos. Algumas instituições já seguem práticas semelhantes, como o Colégio Santo Américo e o Colégio Visconde Porto Seguro, que adotaram regras rígidas sobre o uso de celulares, permitindo que os alunos os guardem em armários e os retirem ao final do dia. Para muitos educadores, essa medida é uma oportunidade para fomentar um ambiente acadêmico mais focado e menos dependente de tecnologias externas, alinhando-se com as necessidades de socialização e aprendizagem no contexto escolar.