A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou um projeto de lei que proíbe o uso de celulares em escolas públicas e privadas do estado, com exceções para finalidades pedagógicas. A medida, que aguarda a sanção do governador, pretende ser implementada a partir de 2025, inspirando-se em políticas similares adotadas em países europeus. A iniciativa busca promover uma educação de qualidade, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, ao reduzir as distrações causadas pelos dispositivos móveis no ambiente escolar.
Especialistas apontam que o uso excessivo de celulares prejudica a sociabilidade e o aprendizado coletivo dos alunos, além de desestimular a leitura de livros físicos, considerada mais eficaz para o desenvolvimento cognitivo. A nova regra pretende estimular a interação humana direta e o desempenho acadêmico, embora enfrente desafios na aceitação por parte dos estudantes de faixas etárias mais avançadas, como os dos últimos anos do ensino fundamental e do ensino médio.
Apesar das intenções positivas, há questionamentos sobre a eficácia da lei a longo prazo, com o risco de que sua aplicação enfraqueça com o tempo. Para alguns educadores, o foco deveria estar em programas de educação digital que ensinem os jovens a usar a tecnologia de forma responsável e produtiva. Assim, a gestão do uso de dispositivos móveis nas escolas dependerá, em última instância, de acordos locais e do engajamento da comunidade escolar.