Antonio Augusto Fagundes, conhecido como Nico Fagundes, foi uma figura central na música e na cultura gaúcha, deixando um legado significativo após sua morte em 2015, aos 80 anos. Nascido em Alegrete, ele se destacou como compositor, cantor e apresentador do programa Galpão Crioulo, que comandou por 30 anos. A canção Canto Alegretense, coescrita com seu irmão Bagre, se tornou um hino não oficial do Rio Grande do Sul, sendo amplamente reconhecida e reinterpretada ao longo dos anos, especialmente em eventos recentes, como o Big Brother Brasil e shows de artistas populares.
Nico Fagundes teve uma carreira multifacetada, abrangendo jornalismo, folclore e música. Ele começou sua trajetória profissional aos 16 anos e se formou em Direito, além de ter pós-graduação em História e Mestrado em Antropologia Social. Suas contribuições para a cultura gaúcha foram reconhecidas através de prêmios e distinções, e ele é lembrado como uma das maiores autoridades em folclore da região. Com um repertório extenso, sua obra inclui 250 composições e 123 gravações, além de seu papel fundamental na educação e na pesquisa sobre a indumentária gaúcha.
O impacto de Nico Fagundes na música e na cultura do Rio Grande do Sul continua a ser sentido, especialmente através das performances de seus sobrinhos e do grupo Os Fagundes, que perpetua suas canções. O Ecad, responsável pela gestão de direitos autorais, assegura que os rendimentos de suas obras beneficiarão seus herdeiros por 70 anos após sua morte. Em homenagens recentes, sua trajetória e influência foram celebradas, reafirmando a relevância de seu legado na música tradicional gaúcha e na identidade cultural do estado.