A presença de lagartas desfolhadoras em pastagens de Rondônia tem causado prejuízos para os produtores rurais da região. Segundo relatos de um produtor local, o surto deste ano é mais intenso do que o observado nos anos anteriores, levando a uma venda acelerada de gado a preços reduzidos para evitar perdas devido à escassez de alimento. As lagartas, especialmente as espécies curuquerê-dos-capinzais e lagarta-do-cartucho-do-milho, consomem rapidamente grandes áreas de pasto, impactando a alimentação do gado.
Esses insetos são mais comuns durante o período chuvoso, e sua infestação pode ser considerada um reflexo de desequilíbrios biológicos nas pastagens. A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado (Idaron) recomenda a adoção de práticas para promover a biodiversidade e reverter esse quadro, como a conservação de áreas verdes ao redor das pastagens, o uso de fertilizantes orgânicos e a rotação de pastagens. Tais medidas ajudam a atrair predadores naturais e restaurar o equilíbrio do ecossistema local.
Além disso, o controle integrado de pragas (CIP), que combina métodos biológicos, mecânicos e químicos, é sugerido para reduzir a dependência de pesticidas. A Idaron também destaca a importância de monitoramento constante das pastagens, usando armadilhas e outras ferramentas para identificar focos iniciais de infestação. Com a implementação dessas práticas, a gestão das pastagens pode se tornar mais sustentável e eficiente, minimizando os impactos das lagartas desfolhadoras na produção rural.