Um tribunal suíço decidiu que um raro relógio de luxo, presenteado por Yoko Ono a John Lennon, deve ser devolvido à viúva do ex-Beatle. O relógio, um Patek Philippe avaliado em cerca de 4 milhões de francos suíços, foi dado por Yoko a Lennon em 1980, pouco antes de seu assassinato, e traz uma inscrição pessoal de ambos. A decisão, que confirma os veredictos de tribunais inferiores, encerra uma disputa legal que se arrastou por anos e envolve a alegação de um homem italiano de que ele teria adquirido o item de boa-fé em um leilão.
Após a morte de Lennon, o relógio foi roubado em 2006 e passou por várias mãos antes de ser encontrado em posse de um cidadão italiano, que o havia comprado em uma casa de leilões alemã. Yoko Ono só tomou conhecimento do roubo em 2014, quando uma empresa de Genebra, contratada para avaliar o item, notificou seus advogados. Embora o relógio esteja atualmente sob custódia do advogado do comprador, a justiça suíça determinou que ele deve ser devolvido à sua legítima dona.
A disputa jurídica envolveu diversos tribunais e tornou-se um caso emblemático sobre propriedade e roubo de itens de valor histórico. A decisão final abre caminho para que o relógio, que possui um grande valor sentimental e financeiro, retorne à Yoko Ono, resolvendo assim um dos aspectos legais relacionados ao legado de John Lennon. No entanto, ainda não está claro quando o objeto será efetivamente devolvido.