A Justiça portuguesa condenou uma mulher a oito meses de prisão por atos de racismo ocorridos em 2022 na Costa da Caparica. Durante o incidente, ela insultou duas crianças e uma família de turistas angolanos com expressões discriminatórias. A pena será cumprida em liberdade, condicionada à não reincidência pelo período de quatro anos. Além disso, a condenada deverá pagar uma indenização de 14 mil euros às vítimas, 2.500 euros a uma associação antirracismo e submeter-se a tratamento para alcoolismo.
O caso, que ganhou grande repercussão internacional, foi denunciado após a reação da mãe das crianças, que enfrentou a acusada, enquanto o pai acionou a polícia. Este episódio foi destacado pelos denunciantes como um marco na aplicação da lei antirracismo em Portugal, ressaltando a necessidade de manter a vigilância contra práticas discriminatórias. A sentença foi considerada histórica, sendo a primeira desse tipo no país.
Os envolvidos no caso destacaram a importância da visibilidade na luta contra o racismo, reconhecendo o privilégio de serem ouvidos devido à sua posição social. Em uma nota divulgada, reforçaram a necessidade de seguir enfrentando o racismo em todas as suas formas, reiterando que episódios como este continuam a causar sofrimento e exigir respostas firmes da sociedade e das instituições.