O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela manutenção da prisão preventiva de um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), acusado de envolvimento no assassinato de uma vereadora e seu motorista em 2018. A decisão ocorreu durante um julgamento virtual, onde a defesa buscava revogar a ordem de prisão emitida no início do ano. Segundo Moraes, a prisão se justifica pela necessidade de evitar possíveis interferências nas investigações em curso.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, o crime estaria ligado a conflitos de interesse relacionados a questões fundiárias e milícias na cidade do Rio de Janeiro. Testemunhos e provas indicam que o grupo político envolvido teria interesses contrários às posições adotadas pela vereadora, o que teria motivado a ação criminosa. As acusações incluem o envolvimento de figuras influentes, como um deputado federal e ex-chefes da polícia local.
O julgamento virtual do recurso de defesa segue na Primeira Turma do STF até o dia 18 de novembro. Recentemente, o Tribunal do Júri do Rio de Janeiro condenou dois ex-policiais diretamente envolvidos no crime, com sentenças superiores a 50 anos. As condenações reforçam as investigações que apontam para um complexo esquema de poder e interesses conflitantes que ainda está sendo desvendado pelas autoridades.