O presidente eleito dos Estados Unidos, após vencer as eleições de novembro, viu uma série de processos legais sendo revertidos ou adiados. A vitória resultou no arquivamento de três investigações criminais que o colocavam sob risco de prisão, uma consequência direta da política do Departamento de Justiça, que impede que um presidente em exercício seja alvo de acusações judiciais. Um dos casos, relacionado ao ataque ao Capitólio em 2021, foi interrompido, pois o Departamento de Justiça aceitou o pedido de arquivamento com base nessa política, apesar das acusações de envolvimento em conspirações para fraudar os Estados Unidos e obstruir um procedimento oficial.
Outro processo, envolvendo tentativas de interferir nos resultados das eleições de 2020 na Geórgia, também está em suspenso. A investigação, que incluiu um telefonema entre o presidente eleito e autoridades estaduais, foi alvo de questionamentos sobre a imparcialidade dos promotores, o que causou atrasos no avanço do caso. Além disso, um processo sobre documentos confidenciais, retirados de forma ilegal de instalações oficiais e mantidos na residência privada do ex-presidente, teve seu andamento paralisado depois de uma decisão judicial que concedeu imunidade parcial ao presidente durante seu mandato, embora a investigação sobre a obstrução da devolução dos documentos ainda permaneça em aberto.
Por fim, um caso de fraude contábil envolvendo o pagamento de US$ 130 mil a uma figura pública para evitar uma repercussão negativa durante a campanha de 2016 também está sendo adiado. A promotoria reconheceu que dificilmente o caso será concluído enquanto o ex-presidente estiver no cargo, adiando a sentença por tempo indefinido. Embora a condenação tenha sido mantida, o impacto jurídico de tais processos fica em suspenso enquanto ele permanece no poder.