A Polícia Civil investiga o caso de um bebê de 53 dias que morreu após ser levado à Santa Casa de Franca (SP), em um quadro de parada cardiorrespiratória. Exames preliminares indicaram hematomas no corpo da criança, possíveis fraturas no crânio e nas costelas, além de água no pulmão, levantando suspeitas de agressão. Os pais da criança foram detidos após a Justiça decretar a prisão temporária, como parte das investigações em andamento.
O casal, composto por um homem de 22 anos e uma mulher de 25, alega inocência e apresentou justificativas sobre o estado do bebê no dia dos fatos. A mãe relatou ter encontrado a criança passando mal após deixá-la sob os cuidados do pai para exercer seu direito de voto, enquanto o pai afirmou que o bebê sofreu uma queda acidental durante o banho. As investigações, no entanto, apontam inconsistências e reforçam a necessidade da prisão temporária para coletar mais provas e apurar relatos de possíveis maus-tratos anteriores.
A prisão foi solicitada pelo Ministério Público, que defende sua importância para a continuidade das investigações. A polícia apreendeu celulares do casal e ouviu testemunhas que mencionaram conflitos frequentes no lar. Um laudo necroscópico apontou hemorragia interna por trauma como causa da morte, levando o casal a responder por homicídio qualificado sob a Lei Henry Borel, que classifica como crime hediondo o assassinato de crianças e adolescentes.