A Justiça Federal determinou que o IBGE faça a correção dos limites geográficos entre os municípios de Aracaju e São Cristóvão, o que gerou protestos entre os moradores das áreas afetadas. A medida pode alterar a administração de diversos bairros que atualmente pertencem a Aracaju, mas que estão em disputa, como Mosqueiro, Matapoã, Areia Branca e Jabotiana. Os manifestantes, que se mobilizaram no dia 15 de novembro, pedem que suas opiniões sejam ouvidas por meio de audiências ou até mesmo um plebiscito. Eles temem que a mudança nos limites traga impactos para os serviços públicos e a gestão local, além de prejudicar a identidade de seus bairros.
A ação judicial, que envolve uma série de embates legais, tem como base uma disputa sobre os marcos territoriais da Zona de Expansão de Aracaju. A Prefeitura de São Cristóvão, que solicitou a alteração, argumenta que está preparada para administrar as áreas em questão e defende que a população envolvida deve ser consultada formalmente, por meio de um plebiscito, como exige a Constituição. A Procuradoria-Geral do Município de Aracaju, por sua vez, afirmou que, após a definição dos novos limites, os efeitos práticos da decisão deverão ser seguidos conforme a determinação do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
Embora o caso seja antigo e tenha gerado discussões jurídicas, a recente determinação da Justiça Federal de corrigir os limites causou uma reação popular expressiva. A população da Zona de Expansão, composta por bairros como Santa Maria e Marivan, teme as consequências de uma possível mudança na gestão territorial. Os moradores e líderes comunitários, organizados pelo movimento “Somos Aracaju”, continuam pressionando as autoridades para que considerem suas demandas antes de qualquer implementação das mudanças.