A Justiça do Distrito Federal condenou uma mulher por injúria racial após ofensas dirigidas a dois seguranças em um shopping de Brasília. A pena imposta foi de um ano e cinco meses de prisão, convertida em prestação de serviços à comunidade. Além disso, a ré deverá indenizar os seguranças em R$ 5.680. O incidente ocorreu em 29 de dezembro de 2022, quando a mulher abordou um ministro do Supremo Tribunal Federal, proferindo insultos e acusando-o de roubar o país.
Durante a abordagem, a mulher utilizou termos pejorativos e discriminatórios, referindo-se aos seguranças de forma depreciativa, o que levou à sua detenção. O juiz responsável pelo caso, em sua decisão, reconheceu a gravidade das ofensas e afirmou que as expressões usadas pela acusada foram claramente dirigidas para ofender os seguranças, evidenciando discriminação racial. A decisão foi proferida em 30 de novembro e reitera a responsabilidade penal em casos de injúria racial.
Os advogados da ré argumentaram pela absolvição, sustentando que as declarações não configuravam crime. A situação atraiu atenção não apenas pela natureza do crime, mas também pela repercussão no debate sobre racismo e discriminação no Brasil. A Agência Brasil está em busca de contato com a defesa da acusada para colher possíveis manifestações sobre o caso.