A Justiça do Distrito Federal condenou uma mulher a um ano e cinco meses de prisão por injúria racial, com a pena convertida em prestação de serviços à comunidade. A acusação surgiu após um incidente ocorrido em dezembro de 2022, em um shopping em Brasília, onde a mulher teria ofendido o ministro do Supremo Tribunal Federal, além de agredir verbalmente os seguranças que o acompanhavam. Durante a abordagem, ela usou termos pejorativos e fez comentários discriminatórios sobre a origem dos seguranças e do ministro, que são do Maranhão.
O juiz responsável pelo caso reconheceu a gravidade das ofensas, ressaltando que as expressões utilizadas pela acusada tinham a clara intenção de ofender, caracterizando injúria racial em função da origem dos agredidos. A decisão foi proferida em 30 de novembro, e a mulher foi também condenada a indenizar os seguranças em R$ 5.680, além de cumprir a prestação de serviços.
Os advogados da acusada argumentaram durante o processo que as declarações não constituíam crime, buscando a absolvição. No entanto, a sentença firmou a responsabilidade da ré pelas ofensas e reforçou a necessidade de combater a discriminação racial. A Agência Brasil está em contato com a defesa da acusada para um posicionamento sobre a condenação.