Em um caso de feminicídio ocorrido em maio de 2022, um homem foi condenado a 16 anos e oito meses de reclusão pelo assassinato de sua ex-esposa em uma pousada no bairro Madre Deus, em São Luís. O crime foi marcado por extrema violência, pois a vítima foi morta a facadas em um ambiente que deveria ser de segurança e afeto. Durante o julgamento, o réu negou as acusações e se limitou a responder apenas algumas perguntas da Promotoria, enquanto dez testemunhas foram ouvidas, incluindo familiares da vítima e funcionários do local.
O tribunal destacou que o crime foi cometido em um contexto de violência doméstica e que a vítima já havia solicitado medidas protetivas devido a situações anteriores de abuso. A decisão foi proferida pelo juiz responsável pelo caso, que enfatizou a gravidade da situação, considerando não apenas o ato violento, mas também as consequências emocionais e sociais que o crime trouxe para o filho da vítima, que ficou órfão.
O réu, que estava preso desde o momento da detenção, cumprirá a pena em regime fechado. O juiz negou o direito de apelação em liberdade, sublinhando a necessidade de proteção e justiça em casos de violência contra a mulher. O julgamento reforça a importância do sistema de justiça em lidar com crimes de feminicídio, refletindo sobre as condições sociais e legais que cercam a violência de gênero no Brasil.