A Justiça Federal concedeu prisão domiciliar a um empresário investigado por suspeita de envolvimento em um esquema de fraude com criptomoedas que pode ter prejudicado cerca de 10 mil investidores, totalizando R$ 260 milhões desviados. O réu, que enfrenta acusações de crimes contra o sistema financeiro, usará tornozeleira eletrônica e está proibido de deixar o país. A decisão foi baseada em problemas de saúde do acusado, que teria apresentado documentação sobre sua condição médica para justificar a substituição da prisão preventiva.
A investigação aponta que o empresário utilizava sua empresa para prometer rendimentos mensais de 5% a 9% por meio de investimentos em criptomoedas. No entanto, os lucros não foram entregues aos clientes, muitos dos quais já haviam denunciado o caso antes das ações policiais. A operação que levou à prisão identificou um esquema estruturado com indícios de prática de pirâmide financeira, além de movimentações de valores significativos para o exterior através de corretoras de criptomoedas.
O Ministério Público Federal não se opôs à substituição da prisão preventiva. Enquanto isso, os bens do investigado permanecem bloqueados e a análise documental prossegue para rastrear o destino dos recursos. A trajetória do empresário, de início humilde até a gestão de uma rede de investimentos que atraiu milhares de pessoas, é agora foco de 340 processos cíveis em andamento na Justiça. Autoridades seguem apurando o caso em busca de justiça e reparação às vítimas.