A promotoria de Manhattan concordou em adiar a sentença de um ex-presidente dos Estados Unidos em um caso envolvendo suborno, reconhecendo que a decisão final pode não ocorrer até o término de seu próximo mandato presidencial. Em carta ao juiz responsável, o gabinete do promotor reiterou que a condenação por crime grave deve ser mantida, apesar das moções apresentadas pela defesa para anular o veredito. A suspensão foi justificada pelo contexto jurídico e político inédito, que inclui questões de imunidade presidencial e a impossibilidade de julgamento durante o exercício do mandato.
A decisão ocorre após um longo processo judicial, onde o réu foi considerado culpado de falsificação de registros comerciais relacionados a pagamentos feitos para silenciar alegações de má conduta antes das eleições de 2016. Apesar disso, a estratégia de adiamento dos casos, empregada pela equipe de defesa, obteve sucesso, com outros processos em nível federal e estadual também sendo pausados ou encerrados. Esse cenário reflete a complexidade de conciliar o sistema jurídico com a imunidade e as prerrogativas de um presidente eleito.
Especialistas destacam que o adiamento da sentença e a discussão sobre imunidade presidencial evidenciam as limitações do sistema judicial ao lidar com chefes de Estado em exercício. Embora argumentem que nenhuma pessoa está acima da lei, a jurisprudência vigente cria precedentes que dificultam a responsabilização de líderes no poder. Assim, o caso permanece um marco no debate sobre as implicações legais e políticas em torno da figura presidencial nos Estados Unidos.