Os juros futuros exibem tendência de alta em toda a curva nesta sexta-feira, 22, impulsionados por preocupações com o cenário fiscal, especialmente após o adiamento do anúncio do pacote de aperto fiscal para a próxima semana, possivelmente entre segunda ou terça-feira. O movimento de alta, no entanto, é moderado pelo recuo nas taxas dos Treasuries dos Estados Unidos e pela desvalorização do dólar frente ao real. A queda do dólar a R$ 5,7998 e a diminuição dos rendimentos dos Treasuries, que estavam em 4,388% na T-note de 10 anos, ajudam a suavizar o avanço dos juros no mercado local.
A atenção do mercado se volta para o relatório bimestral de receitas e despesas do governo, que trará um bloqueio de cerca de R$ 5 bilhões no Orçamento de 2024. O foco no ajuste fiscal destaca as expectativas do mercado em relação ao comportamento fiscal do governo e seus impactos nos juros, aumentando a tensão sobre o controle das contas públicas. A divulgação dessas informações é aguardada com expectativa, pois pode influenciar o movimento das taxas de juros a curto e médio prazo.
Às 9h33, as taxas de juros futuros para os vencimentos mais distantes subiam ligeiramente. A taxa para janeiro de 2026 avançava para 13,215%, enquanto a para janeiro de 2027 ia para 13,350%. O vencimento de janeiro de 2029 também registrava alta, indo para 13,160%. Esses movimentos indicam uma leve pressão sobre os custos de financiamento no futuro, refletindo o cenário de incertezas fiscais e o ajuste esperado nas contas públicas.