Os juros futuros no Brasil permaneceram estáveis em toda a curva, em um cenário influenciado pela queda do dólar e pela redução nos rendimentos das Treasuries de 2 anos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de novembro registrou alta de 0,62%, próxima do teto das estimativas, o que mantém o cenário de taxa de juros elevada no país. Apesar disso, o mercado também aguarda possíveis mudanças fiscais, como o adiamento do anúncio de cortes de gastos, o que pode afetar as expectativas sobre a política econômica.
Neste contexto, as taxas de juros de depósito interfinanceiro (DI) para os próximos anos mostraram variações leves. Para janeiro de 2026, a taxa DI subiu de 13,272% para 13,290%, enquanto para 2027, a variação foi de 13,330% para 13,350%. Já o DI para janeiro de 2029 apresentou leve queda, indo de 13,110% para 13,090%, o que reflete a cautela do mercado em relação aos próximos passos da política monetária brasileira.
Além disso, o comportamento do mercado global também influenciou o cenário, com o dólar registrando queda de 0,28%, e o rendimento das Treasuries de 2 anos recuando para 4,243%, enquanto os títulos de 10 anos apresentaram ligeira alta. O aumento das promessas de elevação de tarifas comerciais por parte do governo dos Estados Unidos também impactou o mercado de juros, com os rendimentos dos Treasuries longos em alta, refletindo maior aversão ao risco.