Está marcado para a próxima quarta-feira (27) o julgamento de dois réus acusados de envolvimento em um caso de duplo homicídio ocorrido em Cachoeirinha, Região Metropolitana de Porto Alegre. As vítimas, um idoso de 85 anos e sua companheira de 53, desapareceram em fevereiro de 2022. Segundo as investigações, os corpos teriam sido queimados em uma churrasqueira e os restos mortais descartados em uma área de mata próxima ao Rio Gravataí. Os acusados, que mantinham laços familiares com o idoso, enfrentam acusações de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e outros crimes relacionados.
As acusações foram fortalecidas após um dos réus firmar acordo de delação premiada, revelando detalhes do crime que contradizem a versão inicial apresentada pela outra acusada. Essa delação gerou controvérsia, especialmente pela condição de inimputabilidade declarada do delator devido a uma enfermidade mental. A defesa questiona a validade do acordo, enquanto a acusação alega que as evidências obtidas reforçam as provas do crime.
O caso despertou ampla atenção na região e levanta questões sobre os limites éticos e legais da delação premiada em situações envolvendo réus vulneráveis. Enquanto a defesa dos acusados promete expor a “verdade dos fatos” durante o júri, a acusação confia no Tribunal do Júri como a instância mais adequada para garantir a justiça no caso. Ambos os réus estão atualmente sob custódia, aguardando o desfecho do julgamento.