O julgamento sobre a prisão de um ex-jogador de futebol foi retomado no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, com a votação de alguns ministros já definida. O primeiro a votar foi o ministro Gilmar Mendes, favorável à liberação do ex-atleta, enquanto os ministros Luiz Fux, Edson Fachin, Cristiano Zanin e Luís Roberto Barroso optaram por manter a prisão, o que resultou em um placar de 4 a 1 até o momento. O julgamento segue com outros votos previstos até o dia 26 deste mês. A questão central é o pedido de habeas corpus da defesa, que questiona a legalidade da prisão determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e solicita a liberdade do ex-jogador enquanto ele ainda pode recorrer da sentença.
O caso envolve a execução de uma condenação por um crime cometido em 2013, na Itália, onde o ex-jogador foi condenado por participação em um ato criminoso. A Justiça italiana, após todas as instâncias de recurso, solicitou a extradição do ex-atleta, mas como o Brasil não extradita seus cidadãos, foi acordado que ele cumprisse a pena de nove anos em território nacional. Desde março deste ano, ele está preso no Estado de São Paulo, aguardando o andamento dos processos jurídicos que envolvem o caso.
Na prisão, o ex-jogador tem mantido uma rotina regular, com atividades como a prática de futebol com outros detentos, além de participar de programas educativos, como os cursos “De olho no futuro” e “Reescrevendo a minha história”. Ele já completou parte das atividades desses projetos. O desfecho do julgamento no STF pode definir a continuidade ou a modificação do regime de cumprimento de sua pena, com a necessidade de uma maioria simples de votos para que a decisão final seja tomada a seu favor.