Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se preparam para julgar o ex-presidente e aliados por suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. A previsão é que o julgamento aconteça no primeiro semestre de 2024, com o objetivo de evitar a extensão dos processos até as próximas eleições presidenciais. O avanço do caso depende da análise de um inquérito de mais de 800 páginas pela Procuradoria Geral da República (PGR), que deverá decidir se apresenta denúncias, arquiva os casos ou solicita novas investigações. A expectativa é que a manifestação da PGR ocorra após o recesso judiciário.
O inquérito principal, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, envolve 37 indiciados e deve ser enviado em breve para a PGR. Além disso, outros dois casos relacionados seguem em andamento, envolvendo questões como fraude em cartões de vacina e a posse de joias estrangeiras. Caso as denúncias sejam aceitas pelo STF, os indiciados se tornarão réus, iniciando uma nova fase de coleta de depoimentos de testemunhas e acusados.
A decisão sobre o local do julgamento, se no plenário ou em uma das turmas do STF, caberá ao presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. Devido à relevância e à complexidade do caso, especialistas apontam para a possibilidade de julgamento no plenário, buscando maior representatividade e rigor. Há consenso sobre a importância de conduzir o processo com prudência, evitando qualquer politização e garantindo a legitimidade e a eficácia do julgamento.