O julgamento de um empresário acusado de matar sua namorada com um tiro na cabeça em 2017 teve início nesta quarta-feira (27) no Recife. O réu, de 48 anos, é julgado pelo crime de feminicídio, com o processo ocorrendo sete anos após o assassinato. O caso, que atraiu grande atenção, foi adiado anteriormente a pedido da defesa, que alegou questões de saúde do réu e problemas com a documentação anexada ao processo. Durante o julgamento, familiares da vítima e testemunhas devem ser ouvidos para apresentar evidências sobre a relação entre os envolvidos e o contexto do crime.
A acusação sustenta que o crime foi premeditado, com provas robustas que indicam que o tiro foi disparado de forma intencional, enquanto a defesa alega que o disparo foi acidental, defendendo que o réu assume a responsabilidade por um erro. A promotoria enfatiza a gravidade do caso, tratando-o como um exemplo de violência doméstica e feminicídio, e espera que a justiça seja feita em nome da vítima e das mulheres que sofrem com a violência no país. O julgamento está sendo acompanhado de perto por organizações de defesa dos direitos das mulheres, que realizam protestos pedindo justiça para o caso.
O crime ocorreu em 19 de julho de 2017, quando a vítima foi encontrada morta em seu apartamento, após passar a noite com o namorado. A perícia apontou que o disparo foi à queima-roupa, o que contradiz a alegação da defesa de que teria sido um acidente. A investigação indicou que o empresário foi o responsável pela morte, e ele chegou a ser preso, mas foi liberado durante a pandemia por questões de saúde. O julgamento, que agora chega a sua fase final, é visto como uma oportunidade para a sociedade demonstrar seu compromisso com a luta contra a violência contra a mulher e exigir a punição para crimes dessa natureza.