Um juiz do Condado de Los Angeles adiou uma audiência sobre a possível libertação de dois detentos que cumprem pena há 35 anos pelo assassinato de seus pais. O juiz, Michael Jesic, decidiu aguardar a chegada do novo promotor distrital, que assumirá o cargo em 3 de dezembro, antes de tomar uma decisão. Ele afirmou que a nova administração deveria avaliar as evidências antes de prosseguir com o caso. O processo gerou grande atenção pública desde a década de 1990, quando os detentos foram condenados pelo assassinato dos pais e sentenciados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Durante a audiência, a defesa dos detentos tentou alterar a sentença para homicídio culposo voluntário, o que poderia tornar a liberação possível. O caso ganhou novos contornos após a apresentação de novas evidências, que incluem alegações de abuso sexual por parte do pai das vítimas. O atual promotor distrital, George Gascon, afirmou que a compreensão moderna do abuso sexual influenciou sua decisão de reconsiderar a sentença, considerando que os detentos já cumpriram uma parte significativa de sua pena.
A audiência foi remarcada para 30 de janeiro, mas, por questões técnicas, os detentos não puderam participar do processo de forma virtual, como havia sido previsto. Durante a sessão, dois parentes se manifestaram a favor da liberação, o que reflete o crescente apoio à revisão do caso. O julgamento, que já havia gerado grande repercussão nos anos 1990, segue em andamento, agora com uma nova perspectiva sobre as evidências e o contexto das acusações.