Sabrina Gomes, uma jovem cearense de 24 anos, enfrenta um desafio de saúde delicado devido a um timoma, um tumor raro no tórax, que causou o desenvolvimento da Síndrome de Cushing. Essa condição levou a problemas respiratórios, insuficiência renal, hipertensão e distúrbios metabólicos, além de provocar uma mudança significativa na cor de sua pele. Diagnosticada ainda na adolescência, Sabrina abandonou os estudos para se submeter a diversas cirurgias e tratamentos, incluindo quimioterapia e radioterapia, na tentativa de controlar o avanço do tumor e das complicações hormonais associadas.
Para conter o crescimento do tumor e controlar o quadro hormonal, Sabrina luta na Justiça para obter acesso a um medicamento de alto custo, o lutécio, um radiofármaco que pode estabilizar e até reduzir o tumor. O tratamento, no entanto, é complexo e exige uma série de condições para a aplicação, incluindo um prazo curto de validade. Embora a Justiça tenha determinado que o Estado forneça o medicamento, o processo de aquisição segue pendente, exigindo esforços constantes da família para garantir a compra e a entrega do remédio, que possui alto custo e não está disponível no SUS.
A trajetória de Sabrina inspira pela resiliência com que encara sua condição, persistindo em seu desejo de melhorar para retomar os estudos e alcançar seus sonhos. Seu caso também expõe a complexidade e o impacto emocional e financeiro do tratamento de doenças raras no Brasil. A equipe médica ainda não sabe se a mudança na cor de sua pele será reversível, mas a expectativa da família é de que o tratamento com lutécio proporcione uma melhora significativa em seu quadro clínico.