Sabrina Gomes, uma jovem diagnosticada com um timoma raro no tórax, enfrenta complicações de saúde devido à Síndrome de Cushing, desencadeada pelo tumor. Esse quadro resulta em hipertensão, insuficiência renal e alteração na tonalidade da pele, além de causar dificuldades respiratórias. Ela aguarda uma melhora no estado clínico para iniciar o tratamento com lutécio radioativo, uma medicação que ataca células tumorais diretamente e custa R$ 32 mil por dose. Sabrina precisa de quatro doses desse medicamento, que deve ser administrado a cada seis semanas e tem um prazo de validade de apenas dois dias.
A Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) está em processo de contratação do tratamento, que não está disponível pelo SUS. Após dificuldades iniciais para encontrar um prestador de serviço, o Instituto do Câncer do Ceará demonstrou interesse na execução do tratamento. O processo foi reaberto, e os trâmites seguem em andamento para garantir a medicação necessária à paciente, atendendo a exigências legais e de segurança.
Sabrina lida com a doença desde 2015, quando apresentou os primeiros sintomas aos 15 anos. Ao longo dos anos, passou por diversas cirurgias e tratamentos, incluindo quimioterapia e radioterapia. Em 2022, uma cirurgia para remover suas glândulas adrenais interrompeu o excesso de cortisol, mas acentuou a hiperpigmentação da pele. Hoje, a jovem mantém esperança na possibilidade de que o tratamento com lutécio radioativo reduza o tumor, permitindo que ela retome sonhos como estudar Medicina e viajar.