Sabrina Gomes, uma jovem diagnosticada aos 15 anos com um tumor raro no timo, enfrenta há anos os efeitos da Síndrome de Cushing, causada pelo excesso de cortisol no organismo. O tumor, localizado em uma região delicada do corpo entre os pulmões e próximo ao coração, provoca a produção excessiva do hormônio ACTH, que leva à superprodução de cortisol. O desequilíbrio hormonal gerado pela doença desencadeou uma série de problemas de saúde, como diabetes, hipertensão e mudanças bruscas na coloração da pele.
Em 2022, uma cirurgia para retirada das glândulas adrenais foi realizada, interrompendo a produção excessiva de cortisol. No entanto, o tumor continuou a produzir ACTH, o que manteve os sintomas e agravou o aspecto de bronzeamento da pele. Tratamentos convencionais como quimioterapia e radioterapia não foram eficazes. Diante desse cenário, a recomendação médica foi o uso de lutécio radioativo, um medicamento que, apesar de promissor, não está disponível no SUS e possui um custo elevado. Após uma longa batalha judicial, o medicamento foi finalmente autorizado, mas a espera prolongada resultou no crescimento do tumor, que agora compromete a respiração de Sabrina.
Na última semana, Sabrina passou por uma cirurgia de emergência para implantação de uma prótese na traqueia, visando ampliar a passagem de ar. Essa medida paliativa visa ganhar tempo enquanto ela aguarda o início do tratamento com o lutécio radioativo. Determinada a retomar uma vida mais próxima do normal, Sabrina espera que o tratamento com o lutécio traga alívio dos sintomas e permita que ela finalize seus estudos.