Na última terça-feira, 19 de novembro, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) revelou os vencedores da 66ª edição do Prêmio Jabuti, um dos maiores reconhecimentos literários do Brasil. O grande vencedor da noite foi Rosa Freire D’Aguiar, que conquistou o prêmio Livro do Ano com Sempre Paris: Crônica de uma Cidade, Seus Escritores e Artistas. A obra reúne entrevistas realizadas pela autora com escritores, artistas e intelectuais durante sua estadia em Paris entre os anos 1970 e 1990. O prêmio de Romance Literário foi atribuído a Itamar Vieira Júnior, por Salvar o Fogo, um livro que narra a história de Luzia do Paraguaçu e sua relação com Moisés, abordando questões de coragem e injustiça.
O Prêmio Jabuti também destacou outras obras importantes. O Ninho, de Bethânia Pires Amaro, venceu na categoria de Conto, trazendo 15 histórias sobre as complexidades das relações familiares, muitas vezes marcadas por dificuldades e fraturas. Já na categoria de Saúde e Bem-Estar, o psicanalista Contardo Calligaris foi premiado postumamente por O Sentido da Vida, um livro que explora reflexões sobre a felicidade, a morte e o significado da existência, integrando suas vivências pessoais com temas universais.
Além dos prêmios nas categorias literárias, a autora Marina Colasanti foi homenageada como Personalidade Literária de 2024, aos 87 anos, pelos seus mais de 50 anos de contribuição à literatura. Colasanti é reconhecida por sua escrita poética e simples, que aborda temas universais e atinge leitores de todas as idades. A cerimônia também contemplou obras de grande relevância, como Baviera Tropical, de Betina Anton, que ganhou o prêmio na categoria de Biografia e Reportagem, retratando a vida de Josef Mengele no Brasil após a Segunda Guerra Mundial.