A Vale (VALE3) continua sendo a principal recomendação do Itaú BBA para os setores de mineração, logística, energia e siderurgia na América Latina, devido ao seu equilíbrio entre desempenho operacional e atratividade financeira. O banco mantém a classificação de “outperform” para os papéis da mineradora, com um preço-alvo de US$ 13 por ADR até o final de 2025. A atualização do modelo do BBA considera os resultados do terceiro trimestre de 2024 e novas provisões financeiras, refletindo um cenário positivo com a melhoria da eficiência operacional e a redução de passivos.
Os analistas preveem uma queda nos preços do minério de ferro em 2025, com uma média estimada de US$ 95 por tonelada, influenciada pelo aumento da oferta e pela expectativa de redução na produção de aço na China. Apesar desse cenário desafiador, o custo marginal de produção do minério permanece alto, entre US$ 90-95 por tonelada, o que ajuda a manter os preços estáveis. O custo de produção da Vale também apresentou melhorias, reduzindo-se para US$ 18,2 por tonelada em setembro, abaixo da média dos nove meses anteriores.
Para 2025, o BBA projeta um Ebitda total de US$ 15,7 bilhões, representando uma queda de 13% em relação às estimativas anteriores, principalmente devido à expectativa de preços mais baixos do minério. No entanto, essa diminuição deve ser parcialmente compensada por uma redução nos custos operacionais. A mineradora deve oferecer um retorno de fluxo de caixa livre de 8-10%, o que se traduz em um rendimento de dividendos projetado em 7%, excluindo compromissos financeiros relacionados a passivos específicos.