O governo de Israel notificou o Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre sua intenção de recorrer das ordens de prisão emitidas contra autoridades israelenses, incluindo o primeiro-ministro e o ex-ministro da Defesa, por alegados crimes de guerra na Faixa de Gaza. Além disso, Israel solicitou que o tribunal suspendesse os mandados de prisão até que uma decisão final sobre o recurso fosse tomada. Essas ordens foram emitidas em 21 de novembro, após uma ofensiva israelense em resposta ao ataque do Hamas ocorrido em outubro de 2023.
As ordens de detenção do TPI também incluem um mandado contra o líder do braço armado do Hamas, que, segundo as autoridades israelenses, teria sido neutralizado, embora o grupo nunca tenha confirmado a morte. O TPI acusou as autoridades israelenses de cometerem crimes de guerra e contra a humanidade em suas ações na região. No entanto, o governo de Israel questiona tanto a jurisdição do tribunal quanto a validade das ordens de prisão, alegando que estas são parciais.
O porta-voz do TPI afirmou que, caso um recurso seja apresentado, os juízes avaliarão a solicitação. Caso o tribunal decida pela continuidade das ordens, isso pode levantar novas questões sobre a imparcialidade do tribunal, conforme argumenta o governo israelense. A situação segue gerando controvérsia, com vários aliados internacionais observando o desenrolar da decisão.