Israel anunciou oficialmente que não cumprirá mais o acordo que regulava suas relações com a UNRWA, a agência da ONU para refugiados palestinos, estabelecido em 1967. A decisão foi comunicada pelo Ministério de Relações Exteriores israelense após o parlamento do país aprovar uma lei que proíbe a operação da UNRWA em seu território, o que também impede a cooperação das autoridades locais com a agência, que é responsável por fornecer assistência humanitária e serviços educacionais a milhões de palestinos na Cisjordânia e em Gaza.
A UNRWA, criada após a guerra de 1948, é frequentemente alvo de críticas por parte do governo israelense, que a acusa de viés contra Israel e de contribuir para a perpetuação do status de refugiado dos palestinos. Além disso, o governo expressa preocupações sobre a suposta infiltração de membros de grupos extremistas na organização, complicando ainda mais a dinâmica entre Israel e a UNRWA. A nova legislação não proíbe a atuação da agência em Gaza e na Cisjordânia, mas limita sua capacidade de operar eficientemente nessas regiões.
A decisão de Israel gerou preocupação entre a ONU e aliados do país, que temem que essa proibição possa agravar a crise humanitária na região. A UNRWA descreveu a proibição como ultrajante e advertiu que a medida poderá levar ao colapso do processo humanitário nos Territórios Palestinos, ressaltando a necessidade urgente de soluções para a situação em que se encontram os palestinos que dependem dos serviços da agência.