As autoridades de Israel confirmaram, nesta segunda-feira, 25 de novembro, que chegaram a um acordo preliminar com o Hezbollah sobre a implementação de um cessar-fogo. O gabinete de segurança de Israel se reunirá hoje para votar o acordo, que tem como objetivo encerrar os confrontos na fronteira norte do país. Entre os principais termos da trégua estão a retirada total das tropas israelenses do sul do Líbano, o deslocamento das armas pesadas do Hezbollah para o norte do Rio Litani, e a presença de tropas libanesas e uma força da ONU para garantir a segurança na região por 60 dias.
O acordo foi mediado pelos Estados Unidos, que liderariam um comitê de monitoramento internacional composto por cinco países. Este comitê ficaria responsável por arbitrar eventuais violações e apoiar as operações militares de Israel, caso o Hezbollah recupere forças ou realize novos ataques. Apesar da presença de um acordo básico, autoridades americanas e israelenses indicam que ainda faltam detalhes a serem definidos. A expectativa é de que a votação do gabinete de segurança autorize o início formal do cessar-fogo.
O conflito entre Israel e Hezbollah se intensificou desde outubro de 2023, após ataques do Hezbollah em apoio ao Hamas, e a situação piorou ainda mais após bombardeios israelenses no Líbano. Embora Israel mantenha uma postura agressiva em relação ao Hezbollah, a pressão das ações da milícia tem levado o governo israelense a considerar a interrupção temporária das hostilidades, para permitir um avanço no diálogo. A aprovação do cessar-fogo é vista como uma possível solução, embora ainda existam desafios para a finalização do acordo.