Um alto funcionário do Hamas afirmou que o grupo está disposto a uma trégua com Israel na Faixa de Gaza, como parte de um acordo de cessar-fogo entre o Líbano e Israel, mediado pelos Estados Unidos. Moradores do sul do Líbano começaram a retornar às suas casas após o anúncio, gerando congestionamentos nas estradas, apesar das advertências para aguardar a autorização das autoridades. O acordo prevê a retirada gradual das forças israelenses do Líbano, enquanto o exército libanês assume posições no sul, além de medidas para garantir a segurança nas áreas afetadas. A comunidade internacional, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente francês, Emmanuel Macron, elogiou o avanço nas negociações.
O acordo de cessar-fogo estabelece um prazo de 60 dias para que as forças israelenses se retirem do território libanês, enquanto o Hezbollah também deve se deslocar para o norte do rio Litani e remover suas armas pesadas da região fronteiriça. As forças de segurança libanesas ocuparão as posições anteriormente controladas por Israel e pelo Hezbollah. Para garantir o cumprimento do acordo, um mecanismo de monitoramento tripartite, envolvendo os exércitos dos EUA, França e Líbano, será implementado, e a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) também terá um papel de mediação.
O conflito, que teve início em outubro de 2023, causou graves perdas humanas e materiais em ambos os países. No Líbano, mais de 3.700 pessoas morreram, e cerca de 1,3 milhão de libaneses foram deslocados. Em Israel, o impacto também foi significativo, com 78 mortes registradas e dezenas de milhares de deslocados. O acordo foi apoiado por ampla maioria no governo israelense, apesar de algumas resistências internas, e agora busca estabilizar a situação na região, promovendo a paz e a segurança ao longo da fronteira entre os dois países.