O governo brasileiro propôs isentar do Imposto de Renda (IR) pessoas físicas que recebem até R$ 5 mil por mês, uma medida que pode representar um alívio fiscal de até R$ 45 bilhões, o que corresponde a 1,94% da arrecadação total de 2023. A isenção beneficiaria principalmente trabalhadores com rendimentos mais baixos, que hoje enfrentam uma alíquota de 27,5% sobre o IR, resultando em um desconto de cerca de R$ 400 mensais para quem recebe R$ 5 mil. Com a proposta, esse valor deixaria de ser descontado, impactando diretamente o orçamento familiar e aumentando o salário líquido desses contribuintes.
Economistas e especialistas no tema apontam que a medida pode resultar em um aumento de até 20% no salário líquido de trabalhadores dessa faixa salarial, considerando a eliminação do imposto. Para muitos, o ganho seria significativo, representando uma melhora real nas finanças pessoais. A isenção, portanto, se mostra como uma solução eficiente para aliviar a carga tributária sobre os assalariados, especialmente aqueles que atualmente pagam alíquotas intermediárias.
Para compensar a renúncia fiscal gerada pela isenção, o governo propôs aumentar a tributação sobre rendimentos superiores a R$ 50 mil. Essa mudança visa equilibrar as finanças públicas, mas a medida pode ter implicações para aqueles que ganham mais, sem impactar diretamente a maior parte da população. Especialistas indicam que, embora a proposta traga benefícios claros para os trabalhadores com menor renda, a discussão sobre a redistribuição da carga tributária continua a ser um tema relevante no debate fiscal brasileiro.