O Bitcoin (BTC) atingiu recentemente um novo recorde de preço em reais e aproximou-se de sua máxima histórica em dólares, impulsionado pelo otimismo em relação às eleições nos Estados Unidos e à expectativa de queda nas taxas de juros. No entanto, a criptomoeda recuou e passou a ser negociada abaixo dos US$ 69 mil. Especialistas apontam que, apesar da volatilidade esperada a curto e médio prazo, o cenário a longo prazo para as criptomoedas é promissor, independentemente do resultado das eleições.
A gestora Bernstein acredita que a vitória de Donald Trump poderia levar o Bitcoin a ultrapassar os US$ 74 mil, enquanto uma eventual vitória de Kamala Harris poderia fazer o ativo digital cair para cerca de US$ 50 mil. Essa diferença se deve à percepção de que Trump é favorável ao setor cripto, ao passo que Harris representa uma postura mais rígida. A analista técnica Ana de Mattos destacou que, após a recente alta, o Bitcoin enfrentou resistência e caiu para US$ 67.478, mas se encontra em uma zona de liquidez com potencial de demanda.
Além disso, o BTG Pactual ressaltou que as eleições podem proporcionar maior clareza regulatória, especialmente para o mercado de finanças descentralizadas (DeFi), favorecendo o desenvolvimento de criptoativos. O diretor regional da Coinbase, Fábio Plein, compartilhou a visão de que um resultado favorável nas eleições pode reduzir a aversão ao risco e facilitar um cenário regulatório mais claro. Apesar das incertezas no curto prazo, a Bernstein mantém uma previsão otimista de longo prazo, estabelecendo uma meta de preço de US$ 200 mil para o Bitcoin até 2025, enquanto alerta sobre os riscos associados ao investimento em criptomoedas.