O investimento em imóveis na planta tem sido uma escolha comum para os brasileiros que buscam entrar no mercado imobiliário, mas especialistas apontam que a maior rentabilidade pode ser encontrada no financiamento de projetos diretamente com incorporadoras. Nesse modelo, o investidor atua como sócio desde a escolha do terreno até a entrega do projeto, o que, apesar de aumentar os riscos, também oferece um potencial de retorno significativo, com uma Taxa Interna de Retorno (TIR) anual média de 25%. Essa taxa supera amplamente os juros praticados pelo sistema financeiro brasileiro, que se encontra em 10,75% ao ano.
Em 2024, o cenário do mercado imobiliário se mostra favorável, especialmente para imóveis destinados à baixa e alta renda, setores que tiveram os melhores índices de crescimento no primeiro semestre. De acordo com dados do setor, as vendas de imóveis econômicos aumentaram 23%, enquanto o segmento de alta renda cresceu 26%. As incorporadoras têm priorizado o lançamento de novos projetos nessas áreas, impulsionadas por fatores como a demografia favorável, o aumento da renda média da população e a estabilidade no emprego, o que fortalece a demanda.
Alternativas de financiamento, como Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), estão se tornando cada vez mais populares, com uma crescente participação no funding de projetos. Em 2023, essas modalidades de financiamento representaram 40,5% do total, um aumento significativo em relação a 2022. Com uma demanda ativa por essas opções, o mercado imobiliário brasileiro demonstra resiliência e apetite por investimentos, mesmo em um contexto de juros altos.