A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro realizaram uma operação investigando suposta manipulação de jogos no Campeonato Brasileiro de 2023. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em instalações de um grande clube e em endereços relacionados a um atacante que teria supostamente forçado um cartão amarelo para beneficiar apostadores. As suspeitas surgiram após uma agência internacional de monitoramento de apostas detectar movimentações atípicas antes de uma partida específica, com apostas significativas direcionadas à advertência do jogador.
O caso, anteriormente analisado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), foi arquivado por falta de provas suficientes que justificassem uma punição. Um relatório da empresa especializada Sportradar indicou anomalias, mas o tribunal concluiu que os indícios não eram conclusivos. A defesa do atleta argumenta que forçar o cartão nos acréscimos seria um risco desnecessário, sugerindo que a alta movimentação de apostas poderia estar associada à prática comum de jogadores forçarem cartões para otimizar estratégias de jogo, principalmente quando há partidas decisivas por vir.
Mesmo com o arquivamento inicial, o Ministério Público e a Polícia Federal continuam as investigações, e há a possibilidade de o STJD reavaliar o caso. O clube envolvido ressaltou que não teve acesso às informações do inquérito e reiterou a presunção de inocência do atleta.