Uma operação da Polícia Federal autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) revelou a suposta participação de militares da reserva em articulações para um golpe de Estado. De acordo com documentos tornados públicos pelo ministro Alexandre de Moraes, foram identificados indícios de um plano que incluía atos extremos contra lideranças políticas e institucionais, além de apoio material e logístico a manifestantes em acampamentos próximos ao Quartel General do Exército em Brasília. Áudios e mensagens reforçam a conexão entre os investigados e atividades voltadas à desestabilização democrática.
As investigações apontam que a rede de apoio aos manifestantes antidemocráticos era robusta, incluindo orientações estratégicas, suporte financeiro e organização logística. Um dos principais envolvidos teria desempenhado papel ativo na intermediação entre o governo anterior e grupos golpistas, sugerindo influência significativa sobre as ações ocorridas em janeiro de 2023. A operação também detalhou comunicações que demonstram esforços para facilitar atividades em locais estratégicos, intensificando o risco de ações coordenadas contra o processo democrático.
O STF reforçou a necessidade de medidas preventivas, incluindo a proibição de atuação em cargos públicos para os envolvidos enquanto prosseguem as apurações. O caso ilustra os desafios enfrentados pelo país para assegurar a estabilidade democrática e combater tentativas de ruptura institucional.